21 de dez. de 2014

Inauguração da PALHOCINHA técnico de nível superior fulano de tal

Vô contar uma historinha bem rápida (usarei pseudônimos para os atores, menos eu). Na Gigantesca Região Amazônica a Meliponicultura vem se destacando como uma importante atividade de bem estar socioambiental. Na Região da Calha Norte acontece um movimento participativo em torno da cadeia de valores da Meliponicultura que se iniciou em 2011. Meu amigo Prof. Charles prospectou comunidades, identificou espécies de Melíponas potenciais, mobilizou as famílias e implementou colmeias piloto. Em 2013 eu ingressei no quadro de colaboradores como consultor de planejamento estratégico e atividades técnicas, com eventos de mobilização, planejamento, capacitação, implementação de meliponários, transferência de colônias, manejo, ampliação de meliponários e capacitação de técnicos locais. Nosso trabalho credenciado por consultorias de avaliação institucional, subitamente foi interrompido de forma unilateral e neste mesmo período todos, famílias e equipe gestora, aguardavam o início de um novo projeto, já aprovado, que garante a continuidade das ações por mais 2 anos. Aí é que a historinha fica esquisita, é que no meio deste hiato de projeto, apareceu um técnico de nível superior (aceitou o convite por falta de ética e respeito profissional) que foi pegar uma rebarbinha no trabalho do Fernando Oliveira. Com uma carteira de serviços pouco comprovado com a meliponicultura (afinal os últimos 3 anos dedicado no resgate, o que ficou do trabalho?), esse técnico de nível superior (assim ele se apresenta e se oferece) fez e falou abobrinhas para as famílias, que neste momento, aguardavam o nosso retorno. O que o técnico de nível superior disse foi que Fernando Oliveira estava fora do projeto e não mais retornaria e o pior é que ele não deixou um prego sequer nos meliponários, só lábia. Olha aí técnico de nível superior, dobre a língua que eu não te autorizei ninguém a pronunciar meu nome e nem mentiras para as famílias do nosso projeto e se é assim que vc quer ganhar as suas consultorias é problema seu. Sem consultar a nossa metodologia de trabalho e tão pouco os nossos relatórios, eis aqui a inexperiência do técnico de nível superior; 1) Curso de meliponicultura (fizemos anteriormente), 2) Visita de intercâmbio (fizemos anteriormente), 3) Manejo (provavelmente aprendeu muito com os nossos técnicos capacitados), 4) Batizou o cinto de materiais técnicos (usamos desde 2002), 5) Boas práticas de coleta de mel (estamos reproduzindo e dando xarope, nunca vi boas práticas virando a melgueira, desculpe Prof. Paulo, ele não leu o seu livro na página da bomba á vácuo), 6) Manipulação do pólen (que horror, o pólen é intocável dado a sua importância para a colônia), 7) Fragmentação do meliponário para a reprodução (não sabe manter o agrupamento que favorece o manejo). Tem mais coisas que nem quero gastar linhas para escrever. Penso que dentre tudo que o técnico de nível superior não sabe fazer, a mais bizarra foi a idéia infeliz de se construir uma palhocinha no meio do meliponário, sabe o Paulo Freire com os alunos estudando debaixo das árvores, pois é, meliponicultores ficam na sombra junto das colmeias e a palhocinha fica perto da casa para fazer um peixe assado. Uma pena, até a sombra do meliponário foi reduzida, deve ser outra idéia infeliz do técnico de nível superior, que é criador de abelhas assassinas. Pois é, não precisa sacanear ninguém, e muito menos eu, que sou burrólogo (não fiz faculdade) para ganhar uma consultoria gorda com um produto técnico magro. Prá finalizar me apresento, mas não me ofereço, como Gestor de Programas de Meliponicultura na Amazônia com comprovada carteira de bons serviços prestados. Aos abutres de plantão tai o trabalho prá chamar de seu. Fica de olho, quem sabe não sobra mais uma rebarba.

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