Fernando Oliveira comenta 14 anos de trabalho com as abelhas nativas sem ferrão .......... E-mail: fernando-am@ig.com.br .. Skype: fernando-am10 .. (21) 98339.7222(tim) - (96) 8136.0819 (tim)
11 de fev. de 2011
As Melgueiras que eu vi
Conheci Meliponicultura em 1997, ainda era o tempo de caixas cúbicas e algumas colmeias com melgueiras básicas. Trabalhei até 2004 com melgueiras básicas e aí veio aquela boa curiosidade: Seria possível uma única melgueira para muitos quilos de mel? Em 2005 fui além, uma melgueira redonda, de plástico, com revestimento sanduíche de isopor para 6 quilos de mel. Plástico pintado com tinta atóxica, redonda para as abelhas não precisarem colar os cantos com geoprópolis, altura para 2 camadas de mel que dá para coletar fácil. Tecnologia pura, na época um ensaio de custos para 2.000 destas melgueiras apontou para R$ 9,00 cada, bem mais barato que as de madeira. Vamos lá, o resultado foi bom conforme a foto, 6 quilos de mel e nada de geoprópolis. Como a fabricação era em SP e eu estava em AM decidi fazer grandes melgueiras quadrangulares de madeira, sobre o geoprópolis é assim, depois que as abelhas colam os cantos o trabalho delas fica encerrado, o acúmulo de geoprópolis na tampa quando atrapalha é só remover. Vamos lá, 4 quilos de mel nestas Melgueiras que batizei de Melgueira X por conta da passagem ser em forma de X para ser colocada em qualquer tipo de colmeia, eg.: se uma colônia faz ninho em um velho filtro de barro ou numa caixa de sapato ou em uma colmeia de tecnologia é só colocar a Melgueira X em cima. Lembrando que durante longos anos usei modelos básicos de melgueiras umas 4 em cada colmeia e a coleta era um pouco mais demorada e não tão eficiente. Só lembrando que dá para coletar mel até em colmeias cúbicas e escrevo isso para a turma não ficar oriçada e não imaginar que estou propondo modelos para ninguém. Tem uma postagem no blog sobre Melgueira X com matéria na Mensagem Doce.
6 de fev. de 2011
Meliponicultura Respeitável
No que eu entendo por Meliponicultura, considero Jerônimo Villas-Bôas o mais notável cientista, estudioso, técnico, pesquisador, e meliponicultor que eu conheço. Jerônimo mostra com uma linguagem simples, bem escrita, moderna e objetiva que a Meliponicultura é início, meio e fim, ou seja, Jerônimo transfere colônias, reproduz aos montes e produz mel também aos montes, tudo isso regado a muita capacidade técnica e ética. Jerônimo é aquele cara que a gente deve ter sempre por perto e atento aos seus números e informações. Parabéns "Mano", seu trabalho é maravilhoso, os Mortais e as Melíponas agradecem! http://meliponarios.blogspot.com/
2 de fev. de 2011
Para que criamos as abelhas nativas
Quem cria alguma coisa é para desfrutar dos produtos ou como passa tempo, o pessoal da ciência é um seleto grupo. Produzir mel para vender ou consumir ou colônias para vender e ou doar. Se eu comprar uma colônia, muito provavelmente terei que mudar de caixa para adaptar ao meu padrão de colmeia. Se eu comprar um pouco de mel será difícil saber se está dentro das condições mínimas para consumo. É por isso que a apicultura não tem tantos problemas, as colmeias e o manejo básico são padronizadas e o mel é fácil encontrar no comércio e dentro das normas estabelecidas. Tá fácil resolver a Meliponicultura em ambientes ótimos para as abelhas, é assim: Manejo simples alimenta se precisar e reproduz, aí vai ter um monte de colônias para vender. Melgueira que comporte 4 quilos de mel. Coleta usando uma bomba a vácuo, coleta 4 quilos em 30 minutos. Beneficia o mel refrigerado, vendido no pé do colmeia, desumidificado, maturado, fermentado e por aí a fora. A grande verdade é que a hora que der um mínimo de padrão, vai sobrar pesquisador, cientista, meliponicultores, curiosos, tudo de muito boa qualidade, para tudo o que é lado e a coisa vai ficar bem mais simples do que parece. Há, e vai ter muita gente perdendo o ganha pão e massageando bem menos o ego.
1 de fev. de 2011
Mesa para coleta
Quando a equipe chegava para coletar o mel junto com as famílias do interior, precisávamos sequestrar a mesinha da dona da casa para colocar os materiais de coleta, bombinha, vidro. Isso não era problema, mas quase nunca tinha mesinha pequena e o chão era muito irregular. Aí pensei em alguma coisa bem prática, barata e rápida. Tá aí, uma mesinha do tamanho suficiente para caber o necessário, prática e de rápida fixação, era só apertar uma borboletinha e pronto, mãos a obra. Trabalhamos com 2 destas mesinhas, era só avançar a coleta que tinha uma mesinha já instalada e prontinha para receber os equipamentos.
Passando o mel
Uma dos eventos mais legais, quando do atendimento a questões de higiene do mel solicitadas pelo MAPA, foi a de que o mel não deveria tomar contato com o ambiente externo, ou o mínimo possível. Foi aí que eu criei a grande caixa de passagem de mel. O mel era coletado por meio de uma bomba a vácuo e eu tirei o vasilhame original e adaptei um vidro de 3,6 litros ou 4 quilos, 30 minutos para encher. Depois estes vidros eram remetidos para dentro da grande caixa de acrílico e derramados num funil fixado em um buraco na tampa provisória do balde de 20 litros, depois o balde era lacrado com a tampa sem furo. As mãos eram enfiadas por um óculo de passagem. Esta caixa de passagem deu lugar a um conteiner de aço inox sugerido pelo MAPA, era assim a sugestão: Deveríamos carregar um conteiner de aço inox de 800 kg até os meliponários, levar as melgueiras para dentro e proceder a coleta de mel. Se eu entendo como impossível a história do conteiner? Claro que não, mas uma pequena caixa de acrílico com não mais de 4 quilos resolveu perfeitamente. Depois do balde cheio, era só levantar a caixa, não tinha fundo, e trocar o balde cheio pelo vazio, foi assim que coletamos 1,5 toneladas de mel em 2008. Depois, é claro, desumidificamos a 20 de umidade e colocamos nos estabelecimentos legalizados de Manaus para a venda.
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