Vô contar uma historinha bem rápida (usarei pseudônimos para
os atores, menos eu). Na Gigantesca Região Amazônica a Meliponicultura vem se
destacando como uma importante atividade de bem estar socioambiental. Na Região
da Calha Norte acontece um movimento participativo em torno da cadeia de valores
da Meliponicultura que se iniciou em 2011. Meu amigo Prof. Charles prospectou
comunidades, identificou espécies de Melíponas potenciais, mobilizou as
famílias e implementou colmeias piloto. Em 2013 eu ingressei no quadro de
colaboradores como consultor de planejamento estratégico e atividades técnicas,
com eventos de mobilização, planejamento, capacitação, implementação de
meliponários, transferência de colônias, manejo, ampliação de meliponários e
capacitação de técnicos locais. Nosso trabalho credenciado por consultorias de
avaliação institucional, subitamente foi interrompido de forma unilateral e
neste mesmo período todos, famílias e equipe gestora, aguardavam o início de um
novo projeto, já aprovado, que garante a continuidade das ações por mais 2
anos. Aí é que a historinha fica esquisita, é que no meio deste hiato de
projeto, apareceu um técnico de nível superior (aceitou o convite por falta de
ética e respeito profissional) que foi pegar uma rebarbinha no
trabalho do Fernando Oliveira. Com uma carteira de serviços pouco comprovado
com a meliponicultura (afinal os últimos 3 anos dedicado no resgate, o que
ficou do trabalho?), esse técnico de nível superior (assim ele se apresenta e
se oferece) fez e falou abobrinhas para as famílias, que neste momento,
aguardavam o nosso retorno. O que o técnico de nível superior disse foi que
Fernando Oliveira estava fora do projeto e não mais retornaria e o pior é que
ele não deixou um prego sequer nos meliponários, só lábia. Olha aí técnico de
nível superior, dobre a língua que eu não te autorizei ninguém a pronunciar meu
nome e nem mentiras para as famílias do nosso projeto e se é assim que vc quer
ganhar as suas consultorias é problema seu. Sem consultar a nossa metodologia
de trabalho e tão pouco os nossos relatórios, eis aqui a inexperiência do
técnico de nível superior; 1) Curso de meliponicultura (fizemos anteriormente),
2) Visita de intercâmbio (fizemos anteriormente), 3) Manejo (provavelmente
aprendeu muito com os nossos técnicos capacitados), 4) Batizou o cinto de
materiais técnicos (usamos desde 2002), 5) Boas práticas de coleta de mel
(estamos reproduzindo e dando xarope, nunca vi boas práticas virando a melgueira,
desculpe Prof. Paulo, ele não leu o seu livro na página da bomba á vácuo), 6)
Manipulação do pólen (que horror, o pólen é intocável dado a sua importância
para a colônia), 7) Fragmentação do meliponário para a reprodução (não sabe
manter o agrupamento que favorece o manejo). Tem mais coisas que nem quero
gastar linhas para escrever. Penso que dentre tudo que o técnico de nível
superior não sabe fazer, a mais bizarra foi a idéia infeliz de se construir uma
palhocinha no meio do meliponário, sabe o Paulo Freire com os alunos estudando
debaixo das árvores, pois é, meliponicultores ficam na sombra junto das
colmeias e a palhocinha fica perto da casa para fazer um peixe assado. Uma
pena, até a sombra do meliponário foi reduzida, deve ser outra idéia infeliz do
técnico de nível superior, que é criador de abelhas assassinas. Pois é, não
precisa sacanear ninguém, e muito menos eu, que sou burrólogo (não fiz
faculdade) para ganhar uma consultoria gorda com um produto técnico magro. Prá
finalizar me apresento, mas não me ofereço, como Gestor de Programas de
Meliponicultura na Amazônia com comprovada carteira de bons serviços prestados.
Aos abutres de plantão tai o trabalho prá chamar de seu. Fica de olho, quem
sabe não sobra mais uma rebarba.
Fernando Oliveira comenta 14 anos de trabalho com as abelhas nativas sem ferrão .......... E-mail: fernando-am@ig.com.br .. Skype: fernando-am10 .. (21) 98339.7222(tim) - (96) 8136.0819 (tim)
21 de dez. de 2014
1 de out. de 2014
Olha o Mel aí Professor Frazão!
O Biólogo Richardson Frazão estudioso do tema Carbono e Meliponicultura, não abandona a sua raiz sócioambiental e mostra a meliponicultura e o mel com metodologias participativas junto as comuinidades ribeirinhas e indígenas. Richardson, prometo que não vou te perguntar pelas caixinhas de vidro!!! Forte abraço e sucesso. (fotografias de Richardson Frazão)
30 de set. de 2014
Olha o Mel aí Gente!!! Canta Jamelão!
Nilson é Presidente do Instituto Iraquara e apresenta um set de fotos no facebook da coleta de mel que está acontecendo agora no município de Itapiranga /AM https://www.facebook.com/pages/Instituto-Iraquara/324786860993729?fref=ts
Aí, tu lê no comentário do face do Iraquara o camarada querendo saber de caixa de vidro, é foda mesmo!
Nilson tu é o cara! Deve ter muita gente se roendo mano. Vai ser difícil convidarem vc para congressos e eventos de Meliponicultura, vai sair muita gente correndo. Abraço e sucesso.
Aí, tu lê no comentário do face do Iraquara o camarada querendo saber de caixa de vidro, é foda mesmo!
Nilson tu é o cara! Deve ter muita gente se roendo mano. Vai ser difícil convidarem vc para congressos e eventos de Meliponicultura, vai sair muita gente correndo. Abraço e sucesso.
1 de ago. de 2014
Indicadores da Meliponicultura em Alta Floresta
Vale apena uma boa
olhada neste vídeo da Meliponicultura em Alta Floresta https://www.youtube.com/watch?v=KL6MAVHqCLk
Uma breve passada na
história da Meliponicultura em Alta Floresta:
Em 22/06/2011 foi realizada a primeira prospecção de
Meliponicultura em Alta Floresta /MT. Fechei o trabalho com o parágrafo abaixo
(isto está no blog).
Alta Floresta apresenta um potencial
desafiador para a Meliponicultura com as suas áreas de florestas preservadas,
fragmentos florestais e áreas em recuperação.
Estando na vanguarda de ações de Meio
Ambiente e Desenvolvimento Sustentável na Região Amazônica, entendo que a Meliponicultura em
Alta Floresta é viável e será uma ferramenta fundamental para a integração
das ações socioambientais desta região.
- Em 26/10/2011 as primeiras 8 colônias sobreviventes (das 12 iniciais) foram instaladas no Meliponário Matriz (isso ta no blog).
- Em 01/01/12 o Meliponário de Alta Floresta cuidado pelo técnico capacitado, o nome do meu amigo vou deixar quietinho.
- Em 13/08/2011 o Meliponário de Alta Floresta contabilizava 30 colmeias após 8 meses.
- Em 2012 houve mudança na administração pública e as atividades no Meliponário Matriz ficaram temporariamente paralisadas e a minha participação encerrada no processo.
- Até a presente data, mantenho contato com o técnico do meliponário para a troca de informações, afinal, além de capacitado, se tornou um grande amigo.
- 01 de agosto de 2014, encontrei este vídeo no you tube que trata do número 300 colmeias https://www.youtube.com/watch?v=KL6MAVHqCLk
Indicadores:
- 1. Prospecção aponta rumos para Meliponicultura em Alta Floresta.
- 2. Poder público local apóia e financia a iniciativa.
- 3. Meliponário com padrão excelente instalado com 250 colmeias vazias.
- 4. 8 colônias iniciais instaladas.
- 5. Técnico capacitado.
- 6. Manejo correto.
- 7. Reproduções dentro do planejado.
- 8. Paralisação temporária com a mudança da administração pública e retomada das atividades, após avaliação como potencial.
- 9. O vídeo indica 300 colmeias ao final do ano, o início foi com apenas 8.
- 10. Pode-se perceber no vídeo colônias super populosas e estoque de alimento.
- 11. Índices de mortalidade praticamente zero de colônias.
- 12. Aos pessimistas de plantão, tai o resultado de criar as espécies locais e manejar bem.
- 13. Aos abutres de plantão, tai o trabalho prontinho para chamar de seu.
- 14. Minha única ressalva é que, na minha gestão (estava assim escrito na placa) o técnico do meliponário era o protagonista principal nas visitas e divulgação local e neste vídeo https://www.youtube.com/watch?v=KL6MAVHqCLk não vi o técnico contando o que sabe, apenas “os cara”.
- 15. Só falta aparecer um pouco da produção de mel para carimbar o projeto.
28 de jul. de 2014
Entrevista ao Site do Peabiru
O pesquisador Fernando Oliveira, um dos principais estudiosos das abelhas nativas sem ferrão no Brasil, e sobretudo na Amazônia, fala em entrevista ao site do Instituto Peabiru, sobre os avanços e desafios da meliponicultura, atividade que gera renda às comunidades tradicionais da Amazônia e garante uma série de serviços ambientais, da polinização à fixação de carbono.
O estudioso pesquisa as abelhas sem ferrão desde 1995 e se dedica há quase 20 anos ao desenvolvimento de tecnologias para a atividade, criando em 2000 o modelo de caixa de colmeia que transformou a produção de mel de abelhas nativas sem ferrão na Amazônia.
Oliveira é consultor do Instituto Peabiru, que desenvolve o programa Abelhas Nativas. A ONG trabalha há cinco anos com cerca de 350 famílias entre comunidades tradicionais – quilombolas do Amapá, índios do Oiapoque, ribeirinhos do Marajó e agricultores familiares de Curuçá – para avançar na estruturação de um programa de meliponicultura.
Acompanhe abaixo a entrevista concedida por e-mail.
1. Quais são os principais avanços da meliponicultura hoje no Brasil? As abelhas nativas se tornaram mais conhecidas, mais cultivadas? Qual a sua avaliação?
Fernando Oliveira - Bem, antes é bom lembrar que o manejo das abelhas de ferrão datam a época de Cristo. Já as nossas abelhas indígenas sem ferrão começaram a ser estudadas na década de 60, ou seja, em apenas 55 anos de meliponicultura já sabemos como manejar, reproduzir, manter colônias e colher mel de abelhas nativas. Isso é um grande avanço se comparados aos 2.000 anos para aprender a manejar as temidas Apis melifera sp., abelhas que ferroam e matam.
Foi a partir do ano 2000 que a meliponicultura saiu dos laboratórios dos grandes centros de estudos para os quintais das famílias tradicionais da Amazônia, ou seja, 13 anos atrás pouquíssimas pessoas conheciam as abelhas brasileiras sem ferrão e tão pouco o maravilhoso mel. Não temos números exatos, mas penso que um mínimo de 3.000 famílias tem abelhas nativas sendo manejadas nos seus quintais com alguma tecnologia e arrisco a pensar em 20.000 o número de colônias, o que é extraordinário. Saímos de zero para 50.000 quilos de mel em apenas 13 anos. A internet tem grande participação nesta difusão do conhecimento sobre a meliponicultura, pelos fartos materiais encontrados atualmente na rede.
2. Quais são as principais dificuldades encontradas pelos produtores de mel nativo no desenvolvimento da meliponicultura hoje?
Fernando Oliveira - Nos próximos anos a meliponicultura deve ter a sua consolidação a partir das repetições de produção e comercialização do mel. Isso certamente irá garantir um melhor engajamento das famílias meliponicultoras. Esforços institucionais estão sendo disponibilizados para viabilizar e superar a logística continental da Amazônia. Neste caso, trato das distâncias e isolamento dos produtores que continuam dependendo de apoio. Este é o Custo da Sustentabilidade Amazônica, que eu entendo como justo, e vem garantindo o avanço da Meliponicultura.
3. Quais as principais vantagens da meliponicultura frente a apicultura? Por que as pessoas ainda confundem os duas culturas?
Fernando Oliveira - Não culpo o brasileiro por não conhecer as abelhas brasileiras sem ferrão. Até porque o meu primeiro contato com as abelhas nativas foi aos 30 anos de idade quando eu chegai na Amazônia. Posso até pensar que se não fosse a Amazônia na minha vida, pouco provável que eu pegaria uma abelha na mão. Isso porque abelhas, para as pessoas que não vivem na floresta, abelhas são aquelas que ferroam. Até hoje me perguntam por que incentivamos criar abelhas sem ferrão, já que as nossas abelhas produzem poucos quilos de mel e por que não incentivamos criar as abelhas assassinas que produzem um montão de mel. Fácil responder: é que estamos na Amazônia e não na África e não queremos ver nossas crianças e amigos correndo perigo de vida. Além do que, o nosso mel é bem mais especial, com aroma, fluidez, sabor e coloração, características fundamentais de valorização do nosso mel. Produzimos menos, mas valorizamos mais. É só clicar na rede e vê que o mel comum custa U$$ 2,50 e o mel de meliponíneos, as abelhas sem ferrão, custa em média R$ 60,00.
Outro ponto muito favorável para criar abelhas sem ferrão é que o custo de instalações. É extremamente mais barato e a tecnologia de manejo é muito simples. Então, é fácil e barato criar dezenas de colmeias de meliponíneos bem pertinho de casa, sem nenhum perigo.
4. Como foi desenvolvida a caixa de produção de mel nativo que tem o seu nome? Por que ela é a mais apropriada para as abelhas nativas da Amazônia?
Fernando Oliveira - Em 1999 a maneira de reproduzir uma colônia era enfiar a mão e pegar um pedaço do ninho e colocar em uma nova caixa. Eu até que gostava de colocar a mão nos bichos, mas tinha que ter muita disciplina para tudo dar certo no final. Muitos modelos de colmeias foram criados até hoje, eu usei o meu tempo pensando em como uma família ribeirinha poderia manejar e reproduzir uma colônia de meliponíneos. Foi aí que idealizei uma colmeia dividida em módulos, que separavam os elementos de uma colônia. O ninho ocupa 2 partes que se separam, dividindo o ninho ao meio quando separamos os módulos. A vantagem é que além de não mais precisar pegar o ninho com a mão e dividir ao meio, os ninhos nos módulos são estruturados na sua plenitude, com potes de mel e abelhas jovens e adultas, garantindo o sucesso reprodutivo da colônia. Penso que foi aí que a meliponicultura deu o grande salto.
5. Como a meliponicultura pode se tornar uma importante ferramenta de conservação e serviços ambientais nas mãos das comunidades tradicionais da Amazônia?
Fernando Oliveira - A meliponicultura foi concebida pensando em geração de trabalho e renda, ou seja, produzir mel. Assim foi feito nos primeiros anos, mas era inevitável que a conservação das florestas estava diretamente ligada ao fato de muitas famílias do interior estarem manejando estas abelhas em maiores quantidades. Era a ressurgimento dos principais insetos polinizadores que há décadas estavam sendo caçados para a retirada do mel. Warvick Kerr, (o mestre) um pesquisador de abelhas sem ferrão, me contou que ao redor das comunidades do interior da Amazônia os índices de ninhos de meliponíneos chegam a zero, de tanto que o caboclo gosta de mel, ou seja, as colônias encontradas eram destruídas só para colher o mel. Além da importância da polinização que chega a 90% na Amazônia, a meliponicultura ganha ares de futuro, relacionado ao aquecimento global e retenção de carbono. O meu amigo biólogo e pesquisador Richardson Frazão, do Instituto Peabiru, estimou o tamanho da área de influência conservada com o manejo das abelhas nativas. Ele considera que com um conjunto de 30 famílias manejando 83 colmeias cada, pelo menos 1.600 hectares de florestas são conservadas, assegurando que 160.000 toneladas de carbono deixam de ser liberadas na atmosfera. Desta forma, cada colmeia apóia na fixação de 40 kg de carbono, além de cada quilo de mel fixar 16 kg de carbono.
Eu poderia continuar enunciando todos os benefícios que as abelhas representam, mas penso que o físico Albert Einstein, na primeira metade do século XX, pode explicar bem melhor do que eu, assim: “Se as abelhas desaparecerem da superfície do planeta, então ao homem restariam apenas quatro anos de vida. Com o fim das abelhas, acaba a polinização, acabam as plantas, acabam os animais, acaba o homem.”
6. Como você vê o papel do Instituto Peabiru e outras ONGs neste processo?
Fernando Oliveira - Atualmente grandes instituições estão trabalhando com meliponicultura e vejo o Instituto Peabiru com uma linha de trabalho bem interessante, juntando um modelo participativo com as famílias meliponicultoras, com foco não só na geração de renda mas valorizando os serviços ambientais, o respeito a biodiversidade. Valorizando não só as espécies locais, mas, avançando em temas como linhagens das espécies e a vanguarda na relação da Meliponicultura com a fixação de carbono, atuando pragmaticamente na melhoria da qualidade de vida de Gaia.
20 de mai. de 2014
Esse comentário é o cara
Recebi este comentário! E quem comenta quer saber? E eu respondi.
Já postei anteriormente que é muito bacana ver a meliponicultura hoje em dia, porque em 1997, quando eu conheci as abelhas nativas, para conseguir as primeiras informações não foi fácil.
Na próxima postagem vejo o que Papai Noel tem de novidade sobre Meliponicultura, até porque não vou estar a escrever novidade dos outros, e até que faço isso, mas certamente continuo a postar as coisas de minha autoria e se isso incomoda alguns ou muitos, é só não ler o meu blog, maluco!
Por falar nisso, rolou o encontro de Santarém e achei os convidados escolhidos para as palestras muito capacitados e alguns que ficaram de fora também. É que quando chamam vinho, água não entra.
Vo parar por aqui porque estou com sede.
- Anônimo22 de abril de 2014 19:38Olá Fernando: Entrei neste site certo de que ia aprender algo sobre Meliponicultura. Pensei que iria ver uma melgueira sendo montada ou quem sabe as formas de como alimentar abelhas no inverno rigroso, mas ledo engano. Apenas notei sua autoestima sobressaindo destas páginas e nada mais. Porque voce não divulga o seu trabalho, mesmo em livro, como fez Voisin na França ao tratar do confinamento de gado leiteiro (interrogação, pois não disponho desse símbolo neste computador). Um abraço. José Bastos.ResponderExcluir
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